Números divulgados pelo Banco Central revelaram uma entrada de US$ 9,6 bilhões, equivalente a aproximadamente R$ 49 bilhões de capital estrangeiro investido em empresas brasileiras. Segundo o BC, esse é o maior patamar para o período desde 2012. Esse montante supera significativamente as projeções do mercado, que estimavam uma média de US$ 6,9 bilhões para o mês.
O acumulado do primeiro trimestre soma US$ 23,3 bilhões (quase R$ 119 bilhões), o mais alto desde 2017. “Esses dados refletem não apenas um momento de confiança renovada dos investidores estrangeiros no potencial brasileiro, mas também sinalizam uma recuperação econômica vigorosa”, comenta o Mentor do Crédito Internacional, Luciano Bravo.
Para Luciano, atrás desses números estão uma série de fatores, incluindo não apenas a participação no capital e a entrada de recursos para empresas locais, mas também operações intercompanhia, que envolvem a concessão de créditos por subsidiárias ou filiais no exterior para suas matrizes no país. “Essas transações representam não apenas investimento direto, mas também a transferência de conhecimento, tecnologia e práticas comerciais que impulsionam o crescimento e a inovação no mercado nacional”, explica.
O Banco Central estima que o Brasil poderá alcançar um total de US$ 70 bilhões (R$ 357,45 bilhões) em investimento direto até o final do ano. Esse valor, equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), não só sinaliza uma recuperação em relação ao ano anterior, mas também demonstra o potencial de crescimento contínuo e sustentável do país.
“Através do investimento estrangeiro as empresas médias e grandes brasileiras cada vez mais podem ter acesso ao crescimento sustentável e mais rápido sem depender exclusivamente do crédito nacional, por exemplo”, cita Luciano.
Crédito Internacional
O acesso ao financiamento externo facilita a expansão e modernização das empresas brasileiras,conforme explica o Mentor do Crédito Internacional: “essa interconexão global é essencial para impulsionar a competitividade e a inovação em um mundo cada vez mais interdependente”, diz.
Para o país, esse movimento pode ser positivo. Com mais entradas de investidores estrangeiros, o Brasil obtém mais moeda externa (como dólar e euro), o que mantém o real em uma cotação sob controle e, consequentemente, também a inflação. Os dólares externos também ajudam a financiar obras e projetos dentro do país, o que impulsiona a economia.
“”É inegável que o influxo de investidores estrangeiros pode trazer benefícios substanciais para nosso país. Com cada vez mais capitais estrangeiros adentrando nossas fronteiras, o Brasil experimenta uma injeção vital de moeda estrangeira, fortalecendo nossa posição cambial e estabilizando a cotação do real”, finaliza Luciano.
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