Idealizados para armazenar objetos em segurança, utilizando o reconhecimento facial como ferramenta para acessá-los, os lockers são uma tecnologia de armários inteligentes que vem ganhando cada vez mais popularidade no Brasil. Implantado inicialmente para uso temporário em shoppings, lojas de departamentos e academias, o equipamento é cada vez mais comum em condomínios residenciais.
Isso porque apresentam soluções para quem deseja otimizar o recebimento de encomendas, desde um pedido de delivery até mesmo o envio de roupas para a lavanderia, sem precisar estar em casa para recebê-los. Dessa forma, é também uma alternativa para quem já teve problemas com extravios e roubos de pedidos onlines.
A iniciativa anima não só os condôminos beneficiados com o suporte, mas também quem procura um novo lar — o que é apontado como uma tendência lucrativa para o mercado imobiliário, que enxerga uma perspectiva de valorização dos imóveis que contam com esse diferencial.
O que fica em evidência é que, cada vez mais, o uso de chaves e cadeados perderá espaço para os softwares de reconhecimento facial em um futuro próximo, como aponta Elton Matos, CEO da Airlocker. Com cinco anos de fundação, a startup se tornou a primeira empresa de armários inteligentes a ser franqueada no Brasil e hoje, acumula mais de 60 unidades pelo país, acelerando o processo de expansão do segmento e se tornando pioneira no mercado brasileiro.
Para o empresário, a praticidade do sistema de entregas juntamente as novas tecnologias, atendem ao modo de consumo atual, representado pela Geração Z. “Nós vimos que o mercado mudou. Então percebemos que se tivéssemos um dispositivo nos condomínios que facilitaria a vida dos jovens, conseguiríamos ter contato com esse público”, afirma.
Em busca desse contato, Elton e seu sócio, Fábio Xavier, compreenderam que um marketplace dentro do app facilitaria ainda mais o dia-a-dia dos usuários. Então, além de uma entrega prática, o processo de compra passou a ser incluído na plataforma, com premissa de ser o agente facilitador de consumo dos usuários.
Fábio ressalta que a configuração dos armários ainda é novidade no país: “Armários inteligentes muitos fazem lá fora. Mas lockers com essa inteligência no Brasil, ninguém faz. Então, a gente tem uma fortaleza muito grande ligada a um marketplace próprio, com desenvolvedores de software a nível mundial de desenvolvimento, o que promove o nosso país”.