A Experiência Generativa de Pesquisa (SGE) do Google é uma abordagem inovadora que o buscador adotou para fornecer resultados impulsionados pela Inteligência Artificial (IA). De acordo com a empresa, o objetivo é oferecer respostas mais abrangentes, informativas e personalizadas aos usuários. Dessa forma, os profissionais de SEO devem estar atentos, já que a dinâmica afeta as práticas de otimização, podendo reduzir a visibilidade orgânica e alterar métricas, como tráfego e conversões. Para que os conteúdos continuem sendo bem classificados, é necessário adaptar as estratégias.
O Google Labs continua a realizar testes com a SGE para aprimorar a experiência do usuário. Na prática, esse recurso emprega técnicas avançadas de processamento de linguagem natural (PLN) e machine learning para compreender as intenções de busca dos usuários e oferecer respostas mais pertinentes e precisas.
Neste novo cenário, o trabalho de uma agência de SEO no Brasil pode ajudar marcas e empresas a se posicionarem melhor nos resultados de busca, a partir de estratégias adaptadas às mudanças, e construírem uma presença on-line mais sólida.
A resposta da SGE é exibida no topo dos resultados de pesquisa, antes dos resultados orgânicos e, por vezes, mesmo antes dos anúncios patrocinados. Isso garante máxima visibilidade ao conteúdo SGE, podendo exigir que o usuário role a página até a metade dos resultados para visualizar a primeira classificação orgânica.
Ao fornecer uma gama abrangente de informações, incluindo imagens, links e outras formas intuitivas, a SGE traz uma visão ampla e detalhada dos tópicos diretamente na página de resultados do mecanismo de pesquisa (SERP), reduzindo assim a necessidade de navegar em várias páginas da web para encontrar uma resposta.
Essa abordagem não só incentiva os usuários a permanecerem mais tempo, mas também reflete a transição do Google de um mecanismo de pesquisa para uma plataforma de respostas. Segundo o Search Engine Journal, para resistir à perda de tráfego e manter-se bem posicionado nos resultados de pesquisa, é essencial focar nos fatores de Experiência, Especialização, Autoridade e Confiabilidade (EEAT) e produzir conteúdo de alta qualidade. Além disso, recomenda-se avaliar o impacto da SGE em um site específico, enriquecer o conteúdo com recursos multimídia e implementar dados estruturados.
1. Avalie como a SGE pode afetar o seu tráfego
Para avaliar como a SGE pode afetar os esforços das técnicas de otimização para mecanismos de busca, os profissionais da área devem pesquisar na própria Search Generative Experience e no Google Search Console – plataforma de SEO gratuita – fatores como classificação de pesquisa, rastreamento, indexação, experiência de página e backlinks Google.
Além disso, é possível recorrer ao Google Analytics 4, que é uma atualização do Universal Analytics para rastreamento a partir de dados unificados da Web, eventos, aplicativos, conformidade com as leis de privacidade, entre outras ações.
Para concluir a análise do impacto no SEO, profissionais da área criaram modelos específicos. A consultora internacional de SEO Aleyda Solís, elaborou uma planilha de avaliação de riscos para facilitar a identificação de possíveis ameaças.
O modelo leva em conta três tipos de snapshots da SGE, conhecidos como instantâneos, ou seja, respostas experimentais para a pesquisa de um usuário a partir de IA. São eles: duplicativos, complementares ou resumidos e aceleradores. O nível de satisfação e realização do usuário em sua jornada também é considerado.
Depois de avaliar qual é o risco para o tráfego orgânico, é possível ter uma visão mais clara sobre onde concentrar esforços de SEO. Os profissionais de marketing podem redefinir como o desempenho das otimizações será avaliado, recalcular perdas de tráfego e atualizar os indicadores-chave de desempenho do negócio (KPIs), por exemplo.
2. Aposte nas aprimorações de EEAT
De acordo com o Google, a SGE é baseada nos principais sistemas de classificação e de qualidade da pesquisa do buscador, o que inclui o conteúdo útil. Dessa forma, enfatiza a importância de experiência, especialização, autoridade e confiança (EEAT).
Para se ter ideia, de acordo com o estudo GEO: Generative Engine Optimization, feito por pesquisadores da Princeton University, do Georgia Institute of Technology, do Allen Institute for AI e do Institute of Technology Delhi, ajustes autoritativos no conteúdo, ou seja, mudanças ou edições oficialmente válidas ou reconhecidas por uma autoridade no assunto podem melhorar 89% as classificações de um conteúdo.
Já os ajustes de confiança melhoraram em até 134% as classificações. Nesse sentido, é importante citar fontes ao trabalhar conteúdos, incluir estatísticas de referências confiáveis e usar linguagem que transmita autoridade.
3. Melhore o conteúdo com recursos multimídia
Como o Google usa modelos multimodais na SGE, o que significa que o mecanismo compreende imagens, vídeos e voz, além de texto, é importante adotar uma abordagem de marketing multicanal e criar materiais personalizados.
Para acompanhar os avanços impulsionados pela IA, os especialistas indicam a necessidade de avaliar a jornada do cliente de forma holística, reconhecer os pontos de contato nas diferentes plataformas e estabelecer uma colaboração entre esses canais.
As imagens que aparecem nos resultados da busca orgânica podem levar os usuários a visitarem um site. Além disso, as estratégias multimídia também podem aparecer na pesquisa do Google Video ou do Google Image, que ainda não contam com a interferência da Search Generative Experience.
4. Adote dados estruturados
Utilizar dados estruturados também é uma recomendação para melhorar a experiência de busca no Google. Eles dão contexto ao conteúdo e aos negócios das marcas, o que pode tornar as informações mais relevantes para os usuários.
Segundo o Google, a SGE é baseada no Google Shopping Graph, que retira seus dados do Google Merchant Center e das URLs indexadas, o que permite uma compreensão mais precisa dos produtos e das empresas. Nesse sentido, é importante utilizar marcações específicas, como “marcação do produto” e “marcação LocalBusiness“, para ajudar o Google a compreender melhor o conteúdo e a exibi-lo de maneira mais relevante nas buscas.
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